sábado, 3 de maio de 2008
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Este blog pretende ser uma ferramenta nas mãos dos que participam na oficina de escrita criativa, orientado por Ana Luísa Amaral, na Reitoria da UP. Pode conter aquilo que quisermos, tal como uma cova feita na areia pode conter o mar, se tivermos o tempo, o engenho, a arte e a paciência para, balde a balde, lá dentro despejar o mar.
1 comentário:
Querida Ivone
Considerando legítimo este movimento, eu não assino esta petição porque não tenho uma opinião clara quanto a esta questão. Eu considero a ortografia uma mera convenção. Temos a que temos, mas poderíamos ter outra. Claro que há razões históricas. A nossa ortografia evoluiu a partir do latim e por aí fora, mas depois ao longo tempo pura e simplesmente convencionou-se escrever de determinada forma. Essa foi uma das maneiras - ou talvez mesmo a maneira - de garantir uma língua única - o português - e não o minhoto, o transmontano, etc. É convenção e é política. Aliás o conceito de língua - neste caso língusa portuguesa - é sobretudo um conceito político. Cultural claro, mas é a política que lhe garante a unidade. Já tivemos outras ortografias e vamos ter muitas outras no futuro e não me parece que a língua seja empobrecida por isso. Houve mesmo um tempo em que defendi a ideia, talvez obtusa, de que se deveria tentar uma ortografia que correspondesse à maneira de dizer. Por exemplo sempre que se pronunciasse "zê", escrevia-se com z e nunca com s. Contra mim próprio que teia dificuldade em habituar-me. Há línguas em que tal identificação acontece, não sei se naturalmente ou fruto de qualqrer acordo ortgráfco - ignorância minha - e tudo é mais transparente. É o caso do alemão.
Não tenho opinião sobre este acordo porque não o conheço bem. Pelo que tenho ouvido, o acordo ortográfico parece-me no mínimo pouco claro nos objectivos..
Renato
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