sexta-feira, 2 de maio de 2008

Soneto adulterado

Eu viverei aqui tranquilamente
quando sentir bem longe esta saudade
esse suave e duro sentimento
que toma o meu viver, a minha idade

Liso lençol azul rema à distância
marcada em ondas líquidas de mar
longo é o horizonte da minha infância
que em meros sonhos anseio alcançar

Agora quero ousar teimosamente
e nesse cais da memória embarcar
quero escutar a voz da minha gente

Nos laços da família me enlear
deixar correr uma lágrima ardente
feita à espera na praia deste olhar

1 comentário:

Joana Espain disse...

Gostei bastante deste poema. Sinto que se sente nele. Sente-se a 'praia nesse olhar' com 'horizonte da infância' na memória.
Joana E