- Vou ser poeta - disse uma vez, e levantou os olhos, de cabeça inclinada para o lado.
Contemplava o mar, as suas madeixas louras ondulavam no vento quente, debaixo das pálpebras semicerradas observava atentamente o horizonte. A ama abraçou-o, apertou a cabeça dele contra o peito. E disse:
- Não, vais ser soldado.
- Como o pai? - a criança abanava a cabeça. - O pai é também poeta, não sabias? Pensa sempre noutra coisa.
- Sándor Márai, As velas ardem até ao fim
segunda-feira, 14 de abril de 2008
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